3 de dez. de 2010

Soneto para Vinícius

Poetinha carioca da Bahia
é sabido o quanto o negro te atrai
é sabido o quanto uísque se esvai
e que rainha Iemanjá é que te guia

Poetinha branco da alforria
do verso preto, que do teu peito sai
soneto! Que conduzindo ao leito, vai
te levar a mais amar em agonia

Ah poeta, ouvir teu canto declamado
aremata-me o seio de forma tal
que pelo mal do amor estou guiado

Ah, poeta, teu verso apaixonado
colou em meu pranto como o sal
do mar de amor que cantas ao ser amado



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