Este mundo é das almas
e almas não tem sobrenome
e pra mim que vim de longe
e sou bicho do mato aqui
mais cedo ainda entendi
que estrela brilha bem no céu
nós viemos é pra servir.
mas posso me luzir de arte!
Se não foi pra isso que nasci?
Se acham inútil e inerte tal veste
Pra mim é segredo de que sou parte
e ensimesmada, mesmo assim,
hora tensa, hora tenra
descubro que o brilho emana
de mim, mulherzinha do poema
que já me traz tanta verdade
que de tocar no corpo humano
da alma sai som de humanidade
3 de fev. de 2011
Dá licença
Você me vê, me acha sublime
de graça e beleza, agradeço
e, gentilmente, dispenso
Nada do que eu faço ou sou é, penso
que só o que tenho é o que sinto
Longe de ser ideal de mulher
bem, pelo menos não minto, (ou minto)
e se você me amar só vai sentir
a dureza de amar o que é real
talvez não me dê o devido "valor"
pra piorar te dou! Assim na primeira
touché! sirva-se sem beira
sem lutar pela princesinha
Estou mais pra erva-daninha
que seu sofazinho de sexta-feira
Se decepciono ser feminista
procure a mulher de seu sonho
ou sonhe com qualquer outra asneira
Com virgem dos lábios de mel
que nunca gozou, mas foi pro céu
... e machista nesse mundo
tem que andar de focinheira
não queira vir podar meu eu
e você, mulher, que alimenta o seu
faz favor,
deixa bem preso na coleira!
de graça e beleza, agradeço
e, gentilmente, dispenso
Nada do que eu faço ou sou é, penso
que só o que tenho é o que sinto
Longe de ser ideal de mulher
bem, pelo menos não minto, (ou minto)
e se você me amar só vai sentir
a dureza de amar o que é real
talvez não me dê o devido "valor"
pra piorar te dou! Assim na primeira
touché! sirva-se sem beira
sem lutar pela princesinha
Estou mais pra erva-daninha
que seu sofazinho de sexta-feira
Se decepciono ser feminista
procure a mulher de seu sonho
ou sonhe com qualquer outra asneira
Com virgem dos lábios de mel
que nunca gozou, mas foi pro céu
... e machista nesse mundo
tem que andar de focinheira
não queira vir podar meu eu
e você, mulher, que alimenta o seu
faz favor,
deixa bem preso na coleira!
Ator
Ah, não tens mesmo remédio
és meu rebelde particular
e antes de subir ao palco
sinto-me já bem pequena
com um enorme eu pra soltar
sei bem que roubas minha cena
sem precisar ser, sequer belo
já que só tua beleza
sabes, vai me interessar
porque me perco sempre
ao passar na porta do teu olhar
e quando faltam só uns segundos
pra que eu venha a te odiar
(eu era inocente
até que meus olhos
foram com os teus se deitar)
você diz sua fala, sedutor
e manda a cortina fechar
és meu rebelde particular
e antes de subir ao palco
sinto-me já bem pequena
com um enorme eu pra soltar
sei bem que roubas minha cena
sem precisar ser, sequer belo
já que só tua beleza
sabes, vai me interessar
porque me perco sempre
ao passar na porta do teu olhar
e quando faltam só uns segundos
pra que eu venha a te odiar
(eu era inocente
até que meus olhos
foram com os teus se deitar)
você diz sua fala, sedutor
e manda a cortina fechar
Tráfego
Está tudo parado
nessa vida
até você voltar...
Batida, ida, engarrafamento
trânsito complicado, tormento
eu penso em você aqui por dentro
e nada fora me incomoda tanto
busco a saída pelo acostamento
no retrovisor deixo o lamento
o que passamos foi tão denso
eu não desejava partir
mas não vejo à fernte sinais
a viagem me manda seguir
nessa vida
até você voltar...
Batida, ida, engarrafamento
trânsito complicado, tormento
eu penso em você aqui por dentro
e nada fora me incomoda tanto
busco a saída pelo acostamento
no retrovisor deixo o lamento
o que passamos foi tão denso
eu não desejava partir
mas não vejo à fernte sinais
a viagem me manda seguir
Quase
Ainda bem que não te tive
do jeito exato que sonhei
Ainda bem que nosso beijo
teve quase profundidade
E o que você me disse
foi perto da declaração
e foi bem na trave.
Ainda bem, você não se envolve
Ainda bem, e também agora
vai me fazer menos falta
do que a falta do que não tive.
Já que, por pouco, não me amou
suou em verso feito à toa
inda, por pouco, não se entregou
não me restará saudade
se agora pra você é tarde
ainda bem, me libertou.
do jeito exato que sonhei
Ainda bem que nosso beijo
teve quase profundidade
E o que você me disse
foi perto da declaração
e foi bem na trave.
Ainda bem, você não se envolve
Ainda bem, e também agora
vai me fazer menos falta
do que a falta do que não tive.
Já que, por pouco, não me amou
suou em verso feito à toa
inda, por pouco, não se entregou
não me restará saudade
se agora pra você é tarde
ainda bem, me libertou.
Severina
Pro rico toda liberdade
Pro pobre, sem vergonha
controle de natalidade
e o aborto da esperança
de uma vida em humildade
sem espaço pra mais criança.
Mas a pobreza olha seus filhos
e quase não acredita
como a vida em seus cios
se torna assim tão bonita?
Ainda sonha, sim senhor:
Pros dela, sobreviverem
Os seus, viram doutor.
Pro pobre, sem vergonha
controle de natalidade
e o aborto da esperança
de uma vida em humildade
sem espaço pra mais criança.
Mas a pobreza olha seus filhos
e quase não acredita
como a vida em seus cios
se torna assim tão bonita?
Ainda sonha, sim senhor:
Pros dela, sobreviverem
Os seus, viram doutor.
Mistérios
Outras dimensões existem
espectros e ectoplasmas.
Ouço vozes! Pergunto
- És um E.T. ?
- Não, sou seu ancestral
de fluidos e miasma
mas de tanto veres T.V.
fiquei sem sal...
-Fiquei pasma....
espectros e ectoplasmas.
Ouço vozes! Pergunto
- És um E.T. ?
- Não, sou seu ancestral
de fluidos e miasma
mas de tanto veres T.V.
fiquei sem sal...
-Fiquei pasma....
Real
Quando estou quase acreditando
na felicidade do momento
eu o reinvento
com realidade em pó
poeira são segundos
que jogo ao vento
agora só acredito vendo
e não dou mais ponto sem nó
secou a fonte das fantasias
e nua, agora, sou melhor
as vestes no varal agora aqui
são da matéria de meu suor
secando ao vento, sem enfeites
pés pregados ao chão, sem dó.
na felicidade do momento
eu o reinvento
com realidade em pó
poeira são segundos
que jogo ao vento
agora só acredito vendo
e não dou mais ponto sem nó
secou a fonte das fantasias
e nua, agora, sou melhor
as vestes no varal agora aqui
são da matéria de meu suor
secando ao vento, sem enfeites
pés pregados ao chão, sem dó.
Causa da mulher
O homem, magoado
vai à Lua
vai a Marte
vira nerd
se faz famoso,
faz a arte,
faz biscate,
move o mundo
sai na noite
a noite invade.
Faz a guerra, é audaz
constrói, depois desfaz
Fica grande, querendo mais
E a mulher, rindo baixinho,
sabe que será o ninho
dele procurando paz.
E a mulher, vendo tudinho
sempre dá seu jeitinho
de mostrar como se faz.
.
vai à Lua
vai a Marte
vira nerd
se faz famoso,
faz a arte,
faz biscate,
move o mundo
sai na noite
a noite invade.
Faz a guerra, é audaz
constrói, depois desfaz
Fica grande, querendo mais
E a mulher, rindo baixinho,
sabe que será o ninho
dele procurando paz.
E a mulher, vendo tudinho
sempre dá seu jeitinho
de mostrar como se faz.
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Alimento
Gosto até dos farelos
que caem do poema
quando os ouvidos mordem.
Com fome de ouvir
ouvidos tem dentes
Mas tento rimar, esfrio o verso
verso é prato pra comer quente!
E da boca pra fora,
digerir consciente.
E alimenta que é uma beleza!
que caem do poema
quando os ouvidos mordem.
Com fome de ouvir
ouvidos tem dentes
Mas tento rimar, esfrio o verso
verso é prato pra comer quente!
E da boca pra fora,
digerir consciente.
E alimenta que é uma beleza!
9 de jan. de 2011
Valsa
E eis que chega o sol
renova o meu quintal
orvalho cintilante
o brilho da aurora, anunciar
tanta flor no jardim
e música no ar
tem tudo pra dar certo
manda o amor entrar
Vem, solfeja já meu nome
esse pássaro com fome
Quem sabe o que a solidão não pode alimentar?
Eu te dou toda minha tristeza
com tudo que tiver na mesa
e verás que assim mais belo ainda irás cantar
A casa já esteve mais cheia
mas quando a vida sementeia
a gente perde ou ganha, vai saber
E a tarde quando cai aflita
se a esperança não visita
há sempre aquela semente ainda a florescer...
(musicada)
renova o meu quintal
orvalho cintilante
o brilho da aurora, anunciar
tanta flor no jardim
e música no ar
tem tudo pra dar certo
manda o amor entrar
Vem, solfeja já meu nome
esse pássaro com fome
Quem sabe o que a solidão não pode alimentar?
Eu te dou toda minha tristeza
com tudo que tiver na mesa
e verás que assim mais belo ainda irás cantar
A casa já esteve mais cheia
mas quando a vida sementeia
a gente perde ou ganha, vai saber
E a tarde quando cai aflita
se a esperança não visita
há sempre aquela semente ainda a florescer...
(musicada)
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